Estudos avaliando uma dieta de exclusão em crianças hiperativas demonstraram melhora no comportamento dessas, podendo relacionar o aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em aditivos alimentares, com alteração no comportamento infantil. Entre os aditivos utilizados em larga escala, pode-se assinalar o papel dos corantes, utilizados para realçar a coloração dos alimentos, responsáveis por reações alérgicas, asma, urticária e até casos de câncer observados em longo prazo. Por sua vez, dos corantes responsáveis por alterar o comportamento infantil, destacam-se: tartrazina, amaranto, vermelho-, eritrosina e caramelo amoniacal.
A avaliação do consumo de corantes alimentares e aditivos, de uma forma geral, é feita pelo controle da ingestão diária aceitável (IDA). Nesse sentido, estudos avaliando o consumo alimentar de crianças verificaram que a introdução de alimentos industrializados ocorre de maneira precoce, assim, crianças de 4 a 12 meses já recebiam alimentos como queijo tipo , refrigerantes e pirulitos.

Uma opção atual para combater esse problema é a utilização dos corantes naturais, que também podem trazer propriedades funcionais. Porém essa introdução ainda é considerada um desafio, pois são menos instáveis e não atendem todas as colorações disponíveis. A participação do nutricionista na equipe multidisciplinar é de extrema importância para correção de hábitos alimentares prejudiciais, além do importante papel como educador, alertando a população leiga, como pais e professores, sobre os
prejuízos causados pelo consumo excessivo de alimentos industrializados por crianças ̶ portadoras ou não do transtorno de de atenção e hiperatividade.
Referências
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OUTRA FONTE: Revista Nutri On-line
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- 2003 (1)
- 2004 (1)
- 2008 (1)
- 2010 (1)
- 24 de abril (1)
- 31/08 (1)
- 3d (1)
- AADS (1)
- ABORTO NÃO É CRIME (1)
- AC (1)
- ACIDENTES CARDIOVASCULARES(1)
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