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terça-feira, 26 de julho de 2016

Determinantes sociais e consequências da anemia

A anemia é definida como a condição em que a concentração de hemoglobina no sangue está abaixo dos limites mínimos, tendo como a principal causa a deficiência de ferro (anemia ferropriva), responsável por 50% do total de casos de anemia.
A anemia é considerada a carência nutricional de maior magnitude no mundo devido a sua elevada prevalência em todos os segmentos sociais. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas, mais de 30% da população mundial, são anêmicas. 
Os grupos de risco mais vulneráveis para a ocorrência da anemia são as crianças menores de dois anos, gestantes e as mulheres em idade fértil. Isso é devido ao aumento das necessidades de ferro e acentuado crescimento dos tecidos nessas fases da vida.
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006) mostram que a prevalência entre menores de cinco anos é de 20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos. 
Diversos estudos realizados no País apontam que a mediana da prevalência de anemia em crianças menores de cinco anos é de 50%, chegando a 52% naquelas que frequentavam escolas/creches e 60,2% nas que frequentavam Unidades Básicas de Saúde.
O ferro é um micronutrientes essencial para o organismo, atuando principalmente na síntese de células vermelhas do sangue e no transporte de oxigênio no organismo. O ferro está presente nos alimentos em duas formas:
Ferro heme (origem animal): carnes vermelhas, principalmente vísceras (fígado e miúdos), carnes de aves, suínos, peixes e mariscos.
Ferro não heme (origem vegetal): hortaliças folhosas verde-escuras e leguminosas, como feijão e lentilha.
Sabe-se que alguns fatores influenciam ou predispõem o indivíduo à anemia, sendo distribuídos em diferentes fases da vida.
1. Gestação:
  • Alimentação inadequada;
  • Não uso de suplemento de ferro profilático;
  • Complicações nutricionais;
  • Parasitoses.
2. Parto e nascimento:
  • Clampeamento precoce do cordão umbilical;
  • Ausência de aleitamento materno na primeira hora de vida
3. Primeiros seis meses de vida:
  • Ausência de alimentos materno exclusivo até o sexto mês;
  • Introdução precoce de alimentos e outros leites;
  • Parasitoses
4. A partir dos seis meses
  • Elevada necessidade de ferro;
  • Alimentação complementar inadequada;
  • Baixa ingestão de ferro heme;
  • Não uso de suplemento profilático;
  • Parasitoses
Já as principais consequências da anemia por deficiência de ferro são:
  • Comprometimento do sistema imune, com o aumento da predisposição a infecções; 
  • Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos;
  • Aumento da mortalidade materna e infantil;
  • Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos;
  • Risco de parto prematuro- Retardo do desenvolvimento mental, motor e emocional

Pensando na relevância do problema, são estabelecidas ações de prevenção e controle da anemia por deficiência de ferro no âmbito do Sistema Único de Saúde:
  • O Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), que consiste na suplementação universal com suplementos de ferro em doses profiláticas;
  • A fortificação dos alimentos preparados para as crianças com micronutrientes em pó;
  • A fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico; e
  • A promoção da alimentação adequada e saudável para aumento do consumo de alimentos fontes de ferro.





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